Nome botânico: Fucus vesiculosus L.
Família: Fucaceae
Parte utilizada: Planta inteira
Nome popular: Fucus, Alface do mar, Cavalo marinho, Cavalinho do mar e Alga vesiculosa.
O fucus é uma alga castanha, extremamente abundante nos rochedos das costas do Atlântico, Pacífico e Mar do Norte, onde a sua acumulação atinge 15-20cm de espessura.
Plínio descreveu o fucus com o nome Quecus marina era então utilizada para as dores das articulações.
Muito utilizada no século XVIII para o tratamento da asma das doenças de pele, sendo então seu uso abandonado no início do século XIX quando Curfois descobre o iodo em 1811. O fucus é arrancado dos rochedos pelas marés cheias e de novo lançado sobre estes. Os anglo saxôes do litoral utilizaram-no na alimentação, e os franceses como adubo.
Constituintes
Iodo 0,03 – 0,1%
Bromo 0,015%
Fucoidina 60%
Ácido algínico 18 – 30%
Óleo essencial, Lipídios, Ácidos graxos livres, Mucilagem (pectina), Sais minerais (Cl, K, Fe e P).
Propriedades farmacológicas
Tanto a homeopatia quanto a fitoterapia utilizam o fucus vesiculosus que devido a sua riqueza em elementos que absorve do seu meio natural e que são transferidos para o organismo humano, é usado como complemento da dieta.
É indicada no tratamento do hipotireoidismo e em disfunções da tireóide devido à grande concentração de iodo, conferindo-lhe uma ação estimulante da tireóide, favorecendo os processos catabólicos, regularizando a produção do hormônio tireotrofina e acelerando o metabolismo da glicose e ácidos graxos, sendo este o motivo do uso como coadjuvante em tratamentos de perda de peso e redução do colesterol.
A abundância de sais minerais faz do fucus uma planta remineralizante. O iodo confere uma ação estimulante da tiróide. Favorecendo os processos catabólicos, pois é utilizado como coadjuvante no tratamento de emagrecimento. Os sais potássicos são diuréticos.
Devido a grande capacidade de entumecer da algina, que não se absorve no intestino, induz uma sensação de satisfação gástrica. Já por sua grande capacidade de aderência e seu poder de revestimento são soluções coloidais dos alginatos, atua como protetora das mucosas digestivas.
É laxante suave e, por seu poder absorvente, antidiarréico.
O alginato de cálcio pode ser usado como hemostático local de ação rápida.
Indicações
Fitoterápico: No hipotireoidismo, obesidade, úlceras gastroduodenais, hemorragias odontológicas e disfunções da tireóide decorrentes de uma alteração das taxas de iodo.
Fitocosmético: Ulcerações dérmicas, Hemorragias celulite e adiposidades localizadas.
Contra indicações
Pessoas com hipersensibilidade ao iodo ou em tratamento com hormônios tireóideos e com agentes antitireoídeos.
Pessoas com: ansiedade, insônia, hipertensão arterial, cardiopatias.
Não prescrever formas de dosagens com conteúdo alcoólico para administração oral a crianças menores de dois anos nem a pacientes em processo de desintoxicação alcoólica.
Na gravidez e lactação.
Dosagem/Modo de usar
Fitoterápico:
Fucus (talos): decocto a 2%, 2 xícaras por dia.
Fucus (pó): 0,5 a 2 g três vezes ao dia.
Extrato seco (5:1): 0,3 a 1 g/dia
Extrato fluido em álcool 25%: 4 a 8 mL três vezes ao dia.
Duração do tratamento:
Apesar da presença de iodo, o uso prolongado do fucus não é perigoso.
Precauções/Superdosagem
Deve ser usado por prescrição médica: Quando se utilizar sob a forma descontrolada (freqüentemente como automedicação para perder peso) o em caso de hipersensibilidade pessoal, pode produzir um quadro de intoxicação (iodismo), devido a uma hiperatividade da tiróide, caracterizada por um quadro de ansiedade, insônia, taquicardia e palpitação.
Ingerir no mínimo 2 litros de água ao dia para facilitar a formação do bolo fecal.
A superdosagem pode conduzir ao hipertireoidismo, tremores, pulsação aumentada e aumento da pressão sanguínea.
Em caso de hipersensibilidade descontinuar uso e procurar o médico.
Efeitos colaterais
Podem ocorrer reações de hipersensibilidade ao iodo.
Interações
Pode ser associado á jacoboea e gaultheria para aplicação tópica em casos de afecções reumáticas.
Fontes
Informativo DEG
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