domingo, 16 de junho de 2013

DIETA MEDITERRÂNEA

Estudo espanhol publicado na revista New England Journal of Medicine demonstrou que, entre as pessoas com alto risco cardiovascular, a dieta mediterrânea reduziu a incidência de eventos cardiovasculares.

Trata-se de um estudo multicêntrico, prospectivo e randomizado que avaliou 7.447 indivíduos, homens e mulheres, com idade entre 55 a 80 anos, e que teve a duração de 4,8 anos. Todos os participantes tinham alto risco para desenvolver doença cardiovascular, mas sem a doença no início do estudo. Os fatores de risco considerados foram diabetes mellitus tipo 2 ou pelo menos três das seguintes características: tabagismo, hipertensão, elevação dos níveis plasmáticos de colesterol total e de lipoproteínas de baixa densidade (LDL-c), baixos níveis de HDL-c (lipoproteínas de alta densidade), excesso de peso ou obesidade, ou história familiar de doença coronária. Ao longo dos anos, os pesquisadores avaliaram as taxas de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral ou morte por causas cardiovasculares.

Os participantes foram distribuídos aleatoriamente em três grupos: o primeiro recebeu orientações para consumir a dieta mediterrânea com quatro colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem por dia; o segundo recebeu orientações para consumir a dieta mediterrânea suplementada com castanhas e nozes (30 g por dia: com 15 g de nozes, 7,5g de avelãs, e 7,5g de amêndoas); e o terceiro recebeu uma dieta controle, com orientações para consumir uma dieta com baixo teor de gordura.

De acordo com as análises de recordatórios alimentares e questionários de frequência alimentar, os dois grupos da dieta mediterrânea tiveram boa adesão à intervenção. Os pesquisadores observaram 288 eventos cardiovasculares no total, e os dois grupos da dieta mediterrânea apresentaram uma redução de aproximadamente 30% no risco de desenvolvimento de eventos cardiovasculares, em comparação com o grupo controle.

“Concluímos com este estudo que a dieta mediterrânea, sem restrição de calorias, suplementada com azeite de oliva extra virgem, castanhas e nozes, resultou em redução substancial no risco de desenvolver eventos cardiovasculares em pessoas de alto risco. Os resultados sustentam os benefícios da dieta mediterrânea para a prevenção primária da doença cardiovascular”, concluem os autores.
Autor(a): Rita de Cássia Borges de Castro
01/03/2013

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