segunda-feira, 16 de setembro de 2013

CHIA.....





CHIA

O elevado teor de proteínas de alto valor biológico, de ácido alfa-linolênico e de fibras alimentares constitui uma das principais virtudes nutricionais da chia.

As alegações e os estudos clínicos e experimentais:

Em setembro de 2009, pesquisadores do Natural Standard Research Colaboration dos EUA publicaram uma extensa revisão da literatura sobre a chia com foco na eficácia em seres humanos, dosagem, efeitos adversos, utilização durante a gravidez e lactação, alteração de ensaios laboratoriais e mecanismos de ação. De acordo com ela – e com estudos clínicos e experimentais publicados desde então –, há um possível efeito benéfico da S. hispanica em doenças neoplásicas, doença arterial coronariana, hiperlipidemia, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral e diabetes.

Existe, ainda, a sugestão de que a chia possa promover um aumento da performance em atletas, diminuir o prurido em pacientes com doença renal terminal e exercer um efeito anticoagulante, antioxidante e antiviral. Nos trabalhos clínicos, as doses empregadas costumam variar entre 30 g e 40 g diárias de chia. De modo geral, no entanto, essas evidências são, quando muito, inconclusivas. Este é o caso, por exemplo, das pesquisas que examinam o impacto da S. hispanica em fatores de risco para doenças cardiovasculares como a obesidade.
A condução de mais e melhores protocolos de pesquisa, que esclareçam o papel da chia no tratamento ou na prevenção de qualquer uma das condições citadas, é tão necessária quanto bem-vinda. Sobretudo quando se leva em conta seu valor nutricional e a segurança de seu consumo por indivíduos não alérgicos a ela. Enquanto aguardamos por eles, vejamos qual o racional por trás das hipóteses mais comumente testadas no presente.

Chia x Obesidade:

A ideia de que a chia pode contribuir para a perda de peso apoia-se na observação de que ela aumenta cerca de 12 vezes de tamanho quando em contato com a água e outros líquidos – o que levaria a uma lentificação do esvaziamento gástrico e a um aumento da saciedade intermediada pelo sistema neuroendócrino. Os estudos clínicos disponíveis – que avaliam, entre outros parâmetros, a imagem corporal por absorciometria de feixe duplo, marcadores inflamatórios (como Proteína-C reativa, Interleucina-6 e Fator de Necrose Tumoral Alfa) e de stress oxidativo (como Capacidade Antioxidante Total em Equivalência ao Trolox) – foram incapazes, contudo, de demonstrar, de maneira inequívoca, esta relação. Ainda que a chia revele-se eficaz no combate à obesidade é fundamental esclarecer aqueles que buscam nela uma ferramenta mágica para emagrecer: perda de peso está ligada à modificação de gasto de energia corporal, o que é alcançado, principalmente, com mudança de hábitos alimentares e prática regular de atividade física.

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