SEROTONINA PARA REDUZIR O PESO
A substância é sintetizada a partir do triptofano, aminoácido que deve ser introduzido na dieta para garantir alto astral e ajudar a reduzir os quilos a mais.
Você se sente bem porque perde peso ou perde peso e, por isso, se sente bem? Quando o assunto são moduladores corpóreos de apetite e do humor, a sensação é de que estamos diante de um dilema. Para solucionar a questão, é preciso entender como funcionam os neurotransmissores, substâncias capazes de enviar sinais entre as células nervosas de todo o organismo. Em destaque, a serotonina, que ajuda no equilíbrio de aspectos fundamentais da saúde. Considerada um dos mais poderosos reguladores do humor e do apetite, a serotonina é produzida no cérebro e no sistema nervoso de todos os seres humanos e animais. Dependendo da hora do dia ou da estação do ano, sua atividade pode sofrer oscilações. Entre as mulheres, esse fenômeno é mais comum, e essa seria uma das razões por que esse grupo é mais propenso à depressão, bem como às mudanças de temperamento e compulsões por determinados alimentos, principalmente no período pré-menstrual. A nutricionista clínica Elenir Strutzel explica que, além do desejo de consumir doces e carboidratos, baixos níveis dessa substância têm sido vinculados a dores de cabeça, insônia, ansiedade, depressão, transtornos alimentares e fibromialgia. “Já o excesso geralmente tem como causa o uso inapropriado de medicamentos que reforçam seu efeito”, diz a especialista.
Supressora da fome
Para além das oscilações de humor, a serotonina pode influenciar também o comportamento alimentar. Outras substâncias também estão relacionadas, mas acreditasse que ela seja a responsável pela supervisão de todo o processo. A justificativa para isso é que a serotonina é considerada um supressor natural da fome, já que é capaz de estimular a sensação de saciedade. Daí sua influência, ainda que de forma indireta, mas forte, no controle do peso. De acordo com a pesquisadora Carol Hart, é fácil entender esse mecanismo, pois é comum que estados emocionais sejam desencadeadores de alterações do apetite. “Algumas pessoas perdem a vontade de comer quando estão preocupadas tristes ou deprimidas. Outras comem em excesso para aliviar seus sentimentos.
Triptofano no prato
Alimentação deficiente em triptofano desencadeia humor deprimido, irritabilidade e agressividade. O seu contrário ajuda a controlar o apetite, principalmente em portadores de bulimia, ou problemas de compulsão alimentar. Carol Hart explica como isso funciona: “Quando esses alimentos são digeridos, seus aminoácidos, inclusive o triptofano, penetram na corrente sanguínea e são transportados para os tecidos, onde são usados na síntese de proteínas do próprio organismo e de outras moléculas essenciais, como a serotonina”. Assim, para manter a balança sob controle, a ideia é aumentar os níveis de serotonina de forma natural, aliviando os maléficos sintomas dos baixos níveis. Como coadjuvante, a atividade física, de preferência ao ar livre, porque o movimento e a luz solar igualmente estimulam a produção de serotonina. “E o exercício nem precisa ser vigoroso: caminhar, andar de bicicleta, nadar em qualquer velocidade e até tricotar podem ajudar”, diz a escritora. Para driblar a compulsão por açúcar e carboidratos simples (como doces e pão), o conselho dos especialistas é substituílos por alimentos mais saudáveis. “Planejar um cardápio baseado em proteínas e carboidratos complexos (batata, feijão, pão integral), em que esses últimos estejam presentes num horário do dia quando o humor e outros sintomas forem piores. Assim, se alguém tende a se sentir sem energia ou ansioso à tarde, seu lanche deve ser à base de carboidrato. À noite, o jantar deve ser só proteína.” O psiquiatra Adriano Segal é menos otimista quanto à dieta alimentar e à possível supressão ou diminuição do uso de remédios que controlam a serotonina. “Lembro que essa alternativa não é aprovada como tratamento de obesidade. Apenas pode ser usada como coadjuvante em alguns casos escolhidos”, conclui.
Fonte:http://revistavivasaude.uol.com.br/nutricao/home/serotonina-para-reduzir-o-peso/819/
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